Doação de óvulos: o que é e quais são os requisitos para doar?
A doação de óvulos é um ato de solidariedade. Trata-se de uma doação não anónima, voluntária, informada e não remunerada de óvulos de uma mulher para outra mulher ou um casal infértil, com o propósito de serem utilizados em tratamentos de reprodução assistida.
Os óvulos de mulheres dadoras são utilizados em tratamentos de reprodução assistida para ajudar outras mulheres ou casais que, por problemas de fertilidade ou determinadas doenças, não podem ser mães com os seus próprios óvulos.
Para ser dadora de óvulos deves ser mulher, saudável, de 18 a 34 anos, e serás admitida após avaliação médica a ser realizada no nosso centro. O ato de doação tem um grande valor para todas as mulheres que querem tentar engravidar e cumprir o seu desejo de ser Mãe. Queres ajudá-las?
Estás interessada em doar óvulos? Preenche o formulário com os teus dados e a nossa equipa contactar-te-á para te informar acerca de todo o processo, sem compromisso.
O processo
Algumas das dúvidas mais frequentes relativamente à doação de óvulos giram em torno do processo: Quanto tempo dura? Posso fazer uma vida normal? Quantas vezes tenho de ir à clínica?
A seguir, detalhamos todo o processo em 5 passos.
E depois da doação?
Depois de realizada a punção folicular na dadora, utilizaremos os óvulos extraídos para gerar embriões, que serão transferidos para o interior do útero da mulher recetora. A técnica utilizada é a Fecundação In Vitro, que consiste em fecundar, no laboratório, os óvulos obtidos com espermatozóides do companheiro da mulher recetora, ou de um dador masculino. Os embriões conseguidos transferem-se posteriormente para o interior do útero da recetora, onde se desenvolverão se a implantação for bem-sucedida.
As mulheres que recorrem à doação de ovócitos (óvulos) para engravidar têm problemas de fertilidade. Em muitas ocasiões, esta infertilidade deve-se a uma reserva ovárica diminuída ou ovócitos de má qualidade, o que frequentemente se associa à idade. Os ovócitos de dadoras são de mulheres mais jovens e saudáveis, em que isto não acontece e, por essa razão, a probabilidade de conseguir uma gravidez é maior.
Efeitos secundários e riscos da doação
Durante o período imediatamente antes e depois da punção folicular, as dadoras podem sentir-se inchadas, já que os medicamentos têm hormonas que farão os seus ovários aumentar de tamanho para desenvolver os folículos e facilitarão a retenção de líquidos. É algo semelhante à sensação de inchaço que ocorre na menstruação. Estes sintomas podem começar uns dias depois de se iniciar o tratamento hormonal e terminar poucos dias depois da extração dos ovócitos.
Excecionalmente (em menos de 0,35% dos casos) o processo de doação pode provocar riscos para a saúde da dadora. Algumas das complicações que podem surgir são a hiperestimulação ovárica, que é uma resposta exagerada ao tratamento de estimulação e que pode ser leve, moderada a grave (só sendo grave em 1% dos casos), infeção genital (incidência de 0,01% a 1%), hemorragias, torsão do ovário e perfuração do intestino, bexiga e outros órgãos, bem como as próprias complicações da anestesia. Receberás informação completa e detalhada da equipa médica acerca de tudo isto antes da doação.
É importante que, se decidires iniciar um tratamento para doação, sigas as indicações que te daremos na primeira consulta sobre todos os detalhes do processo e os pontos que há que ter em conta para evitar complicações médicas.
A recetora
A recetora é a mulher que recebe os óvulos doados num tratamento de reprodução assistida. Os motivos pelos quais uma mulher recorre à doação de óvulos são distintos:
Médicos
Em alguns casos, as mulheres retiraram os ovários, por patologia tumoral por exemplo, o que as impedirá, uma vez recuperadas, de terem filhos com os seus próprios ovócitos
Reserva ovárica baixa ou nula
Com a idade, a fertilidade diminui de forma progressiva. A idade biológica ótima de uma mulher para se reproduzir é entre os 20 e os 30 anos. A partir dos 40 anos, as possibilidades de conseguir uma gravidez natural estão muito diminuídas.
Abortos repetidos em ciclos FIV prévios
Também existe a possibilidade de que, não conseguindo uma gravidez natural, se recorra à procriação medicamente assistida. Se não conseguirem uma gravidez com estas técnicas por baixa resposta à estimulação ovárica, ou outros fatores, podem recorrer a doação de óvulos.
Anomalias genéticas
Em alguns casos, há doenças ou alterações genéticas em que os óvulos têm uma combinação cromossómica defeituosa, podendo ser este o motivo para problemas de fertilidade, com necessidade de óvulos doados para conseguir uma gravidez.
Menopausa precoce
Em algumas mulheres, a menopausa surge antes da idade normal. Assim, se não tiveram ainda filhos, estas mulheres não poderão ter uma gravidez, a não ser que recorram a doação de óvulos de uma mulher em idade fértil.
Engravidar não é tão fácil como parece e a doação de óvulos,
nalguns casos, é a única solução para muitas mulheres que têm problemas de fertilidade.